E no meio do furacão que nos alcança diariamente somos muitas vezes tolhidos de um sentido básico: a sensibilidade.
Como pode ser correr tanto para tudo?
Como fazer com que dê tempo de fazer tudo aquilo que temos, por obrigação, fazer?
Primazia é palavra que tem prazo de validade por cair, dia destes, em desuso.
Cabe apenas aquilo que o tempo permite – esta é a questão.
Sábio é aquele que melhor administra seu tempo...Esta é a diferença; o ponto crucial.
Aqueles que são verdadeiramente senhores do seu tempo, provavelmente caminham em paz e tranqüilidade. Acredito assim.
Louvemos o verbo, o fazer, a ação que em si mesmo acolhe o cumprimento de metas, tarefas e intenções. Pois o que realmente importa é o fim, e não o meio. A realização não comporta em estado de obrigação o capricho, o garbo, a excelência.
Faça. Isto é o bastante. Ou parece ser...
E toda a sua necessidade de primor, jogue fora. Porque simplesmente não há tempo.
Somos atropelados cotidianamente e ininterruptamente. No beijo corrido, no abraço esquecido, na palavra não dita.
E quem perceberia?
A ditadura é severa e tantas vezes sorrateira com golpes certeiros e magistrais.
Somos quase que verdadeiramente obrigados a tanta coisa e cada coisa a seu tempo – não o nosso tempo, mas simplesmente no tempo que tem que ser.
Hoje e só por hoje eu me permito a melancolia.
Compelida a agir, já considero este espaço ousadia. Um lugar para falar de Deus e sua mensagem! Deixo aqui também, um pouco de minhas construções e descontruções. Sinta-se a vontade para estar e interagir!
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A perfeição
O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
a perfeição.
Clarice Lispector
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Deleite!
Como faz bem ler alguém tão sensível
e disposto a compartilhar seus sentimentos,
transformando-os em arte!
A um ausente
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
_________________________
Carlos Drummond de Andrade.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Reação.
O que fazer diante do desalento?
Como detonar a melancolia que te invade?
...
Já que abri as portas e dei fermento
para que o que é ruim crescesse em mim,
o jeito agora é lutar contra essa maré
que subiu devagar e quer me inundar.
...
Tô out! Fora xoxidão!
As diferenças sempre hão de existir
e me afogar em mágoa e inércia
em nada me ajudará.
...
Penso se ando ficando boa nisso...
em disfarçar o que vai por dentro.
Logo eu...
Ficando boa em manter as aparências?
No, no, no!
...
Sabedoria e tranquilidade.
Maturidade e força de vontade.
As possibilidades são muitas,
mas a escolha é uma só!
...
Ignorar sentimentos nunca!
Organizá-los para externá-los.
Respirarei fundo e seguirei
um dia de cada vez...
É o trabalho que se tem quando se é sentimental...
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
dizer...
Diante das muitas vontades que acomentem o meu ser nos últimos dias, uma em especial tem me causado verdadeiro comichão: escrever. Várias idéias como sempre surgem nesta cabecinha muito povoada que me cabe sobre o pescoço. Para variar, quase nunca as anoto e elas acabam por se perder. Tudo bem que eu escrevo para mim mesma, tá certo (rs), mas não importa - escrever é mesmo muito bom. Exercita o cérebro, nos faz lembrar de algumas aulas de português (mesmo que estejamos pondo o rigor da gramática em segundo plano), treina nossa capacidade de expor idéias e ainda estimula nosso precioso vocabulário.Existem muitos outros porquês para justificar o dizer - é claro - mas nada melhor do que a vontade de se expor. Expor a si mesmo, aos pensamentos, ao ideário que nos ronda e, na melhor das hipóteses, dizer sentimento.
Dizer o que se sente, o que engole a alma, falar do que nos transborda...Coisa boa - e rara - é essa tal sensibilidade. É um plus, um charme e, antes de mais nada, um dom. Ser sensível é trabalhoso, intenso e cheio de variáveis. A sensibilidade é algo difícil de domar e se parece com bicho selvagem que ora está quieto, ora na batalha natural de sua espécie. O mundo tende a ser globalizado até no que diz respeito às emoções e a modernidade, a pressa, a falta de fronteiras e as exigências que são tantas tramam contra e esmagam a voz da sensibilidade, elitizando essa característica especial e tão natural do povo de nossas terras...
Bem, meu horário de almoço acabou e eu devo voltar as obrigações. Mas fico feliz por ter registrado parte do que me invade e deixo a outra parte para logo mais...
Dizer o que se sente, o que engole a alma, falar do que nos transborda...Coisa boa - e rara - é essa tal sensibilidade. É um plus, um charme e, antes de mais nada, um dom. Ser sensível é trabalhoso, intenso e cheio de variáveis. A sensibilidade é algo difícil de domar e se parece com bicho selvagem que ora está quieto, ora na batalha natural de sua espécie. O mundo tende a ser globalizado até no que diz respeito às emoções e a modernidade, a pressa, a falta de fronteiras e as exigências que são tantas tramam contra e esmagam a voz da sensibilidade, elitizando essa característica especial e tão natural do povo de nossas terras...
Bem, meu horário de almoço acabou e eu devo voltar as obrigações. Mas fico feliz por ter registrado parte do que me invade e deixo a outra parte para logo mais...
Fica o registro de que vale a pena ser, viver, pensar, agir, amar, trabalhar, cuidar, enfim, se expressar sensivelmente e dizer isso em alto e bom som.
EXERÇA SUA SENSIBILIDADE!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Uma grande lição!
Os filisteus juntaram suas forças para a guerra e reuniram-se em Socó de Judá. E acamparam em Efes-Damim, entre Socó e Azeca.
Saul e os israelitas reuniram-se e acamparam no vale de Elá, posicionando-se em linha de batalha para enfrentar os filisteus.
Os filisteus ocuparam uma colina e os israelitas outra, estando o vale entre eles.
Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura.
Ele usava um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de bronze que pesava sessenta quilos;
nas pernas usava caneleiras de bronze e tinha um dardo de bronze pendurado nas costas.
A haste de sua lança era parecidacom uma lançadeira de tecelão, e sua ponta de ferro pesava sete quilos e duzentos gramas. Seu escudeiro ia à frente dele.
Golias parou e gritou às tropas de Israel: "Por que vocês estão se posicionando para a batalha? Não sou eu um filisteu, e vocês os servos de Saul? Escolham um homem para lutar comigo.
Se ele puder lutar e matar-me, nós seremos seus escravos; todavia, se eu o vencer e o matar, vocês serão nossos escravos e nos servirão".
E acrescentou: "Eu desafio hoje as tropas de Israel! Mandem-me um homem para lutar sozinho comigo".
Ao ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados.
[...]
Davi disse a Saul: "Ninguém deve ficar com o coração abatido por causa desse filisteu; teu servo irá e lutará com ele".
Respondeu Saul: "Você não tem condições de lutar contra este filisteu; você é apenas um rapaz, e ele é um guerreiro desde a mocidade".
[...]
O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu". Diante disso Saul disse a Davi: "Vá, e que o Senhor esteja com você".
Então Saul vestiu Davi com sua própria túnica. Colocou-lhe uma armadura e um capacete de bronze na cabeça.
Davi prendeu sua espada sobre a túnica e tentou andar, pois não estava acostumado àquilo. E disse a Saul: "Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado". Assim tirou tudo aquilo,
e em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu.
Enquanto isso, o filisteu, com seu escudeiro à frente, vinha se aproximando de Davi.
Olhou para Davi com desprezo, viu que era só um rapaz, ruivo e de boa aparência, e fez pouco caso dele.
E disse a Davi: "Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau? " E o filisteu amaldiçoou Davi invocando seus deuses,
e disse: "Venha aqui, e darei sua carne às aves do céu e aos animais do campo! "
E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou.
Hoje mesmo o Senhor o entregará nas minhas mãos, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
Todos que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos".
Quando o filisteu começou a vir na direção de Davi, este correu depressa na direção da linha de batalha para enfrentá-lo.
Retirando uma pedra de seu alforje ele a arremessou com a atiradeira e atingiu o filisteu na testa, de tal modo que ela ficou encravada, e ele caiu com o rosto no chão.
Assim Davi venceu o filisteu com uma atiradeira e uma pedra; sem espada na mão ele derrubou o filisteu e o matou.
Saul e os israelitas reuniram-se e acamparam no vale de Elá, posicionando-se em linha de batalha para enfrentar os filisteus.
Os filisteus ocuparam uma colina e os israelitas outra, estando o vale entre eles.
Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura.
Ele usava um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de bronze que pesava sessenta quilos;
nas pernas usava caneleiras de bronze e tinha um dardo de bronze pendurado nas costas.
A haste de sua lança era parecidacom uma lançadeira de tecelão, e sua ponta de ferro pesava sete quilos e duzentos gramas. Seu escudeiro ia à frente dele.
Golias parou e gritou às tropas de Israel: "Por que vocês estão se posicionando para a batalha? Não sou eu um filisteu, e vocês os servos de Saul? Escolham um homem para lutar comigo.
Se ele puder lutar e matar-me, nós seremos seus escravos; todavia, se eu o vencer e o matar, vocês serão nossos escravos e nos servirão".
E acrescentou: "Eu desafio hoje as tropas de Israel! Mandem-me um homem para lutar sozinho comigo".
Ao ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados.
[...]
Davi disse a Saul: "Ninguém deve ficar com o coração abatido por causa desse filisteu; teu servo irá e lutará com ele".
Respondeu Saul: "Você não tem condições de lutar contra este filisteu; você é apenas um rapaz, e ele é um guerreiro desde a mocidade".
[...]
O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu". Diante disso Saul disse a Davi: "Vá, e que o Senhor esteja com você".
Então Saul vestiu Davi com sua própria túnica. Colocou-lhe uma armadura e um capacete de bronze na cabeça.
Davi prendeu sua espada sobre a túnica e tentou andar, pois não estava acostumado àquilo. E disse a Saul: "Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado". Assim tirou tudo aquilo,
e em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu.
Enquanto isso, o filisteu, com seu escudeiro à frente, vinha se aproximando de Davi.
Olhou para Davi com desprezo, viu que era só um rapaz, ruivo e de boa aparência, e fez pouco caso dele.
E disse a Davi: "Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau? " E o filisteu amaldiçoou Davi invocando seus deuses,
e disse: "Venha aqui, e darei sua carne às aves do céu e aos animais do campo! "
E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou.
Hoje mesmo o Senhor o entregará nas minhas mãos, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
Todos que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos".
Quando o filisteu começou a vir na direção de Davi, este correu depressa na direção da linha de batalha para enfrentá-lo.
Retirando uma pedra de seu alforje ele a arremessou com a atiradeira e atingiu o filisteu na testa, de tal modo que ela ficou encravada, e ele caiu com o rosto no chão.
Assim Davi venceu o filisteu com uma atiradeira e uma pedra; sem espada na mão ele derrubou o filisteu e o matou.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
ideologias...
EU ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade.)
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade.)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
ainda dá???
corre!
não há tempo,
não há hora.
corre!
faz tudo hoje
faz tudo agora.
na urgência do momento,
lembre-se do fatídico:
o tempo passa mais rápido,
com o passar do tempo!
Lídia.
não há tempo,
não há hora.
corre!
faz tudo hoje
faz tudo agora.
na urgência do momento,
lembre-se do fatídico:
o tempo passa mais rápido,
com o passar do tempo!
Lídia.
domingo, 29 de agosto de 2010
um "viva" a filosofia!
E em pensando e filosofando sobre a vida,
relembro que...
...não há receita...
Não há perfeição!
Há o feliz caminho que percorremos
no aprendizado de melhorar
aquilo que temos consciência
de que seria bom mudar...
A consciência é uma benção!
domingo, 11 de julho de 2010
amor e poesia!?...
Retratos de Felicidade.
Dançar juntos e sozinhos
(em nenhum grande evento)
apenas celebrando o amor...
Risadas confidentes
cheias de carinho e cumplicidade.
Vertir e despir-se
um para o outro...
Cozinhar a dois
ouvindo uma música que invada
os ouvidos e a alma
-- tempero exato!
Um silêncio repleto de intimidade
preenchido com o som da outra respiração...
Beijar atéeeeee...
no vácuo que há dentro
daquele espaço só nosso...
Dividir olhares especiais,
sorrisos e brincadeiras.
Partilhar dores, calores,
sabores e muitos odores...
Acordar e dormir.
Dormir e acordar...
=]
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Qual o sentido da sua vida?
Alguns dizem que crer em Deus é escravizar-se...
Com respeito a opinião alheia, divulgo a minha.
Se em tantas formas, nós, seres humano somos escravizados
Sedento por bens materiais, por conquistas,
por status, por conhecimento,
escravizados pelo sistema,
por drogas, pela violência,
por mau hábitos, pela ansiedade,
por perfeccionismo, pela beleza, por sexo...
São tantas as ofertas para que nos escravizemos!
Dentre tantas, talvez a mais saudável seja seguir a Deus e sua representação terrena que é Jesus.
Pense...
Viver pelo prazer e pela paixão ou viver em busca de um vislumbre de equilíbrio?
Viver lembrando que somos seres sociais, que existe o outro,
dando sentido de amor as mais diversas atitudes,
ou viver para o próprio umbigo?
Mal não há em buscar se reescrever dia após dia, tentando se aproximar de um bom exemplo de carater!
Mal não há; exceto o exagero.
...é preciso cuidado para não nos deixamos bitolar e mantemos os olhos bem abertos e bem focados...
É nadar contra a maré. É viver uma alternativa saudável e válida.
O grande e real presente é ser tocado pela fé.
(É ser realmente presenteado!)
E isso é outra história!...
Com respeito a opinião alheia, divulgo a minha.
Se em tantas formas, nós, seres humano somos escravizados
Sedento por bens materiais, por conquistas,
por status, por conhecimento,
escravizados pelo sistema,
por drogas, pela violência,
por mau hábitos, pela ansiedade,
por perfeccionismo, pela beleza, por sexo...
São tantas as ofertas para que nos escravizemos!
Dentre tantas, talvez a mais saudável seja seguir a Deus e sua representação terrena que é Jesus.
Pense...
Viver pelo prazer e pela paixão ou viver em busca de um vislumbre de equilíbrio?
Viver lembrando que somos seres sociais, que existe o outro,
dando sentido de amor as mais diversas atitudes,
ou viver para o próprio umbigo?
Mal não há em buscar se reescrever dia após dia, tentando se aproximar de um bom exemplo de carater!
Mal não há; exceto o exagero.
...é preciso cuidado para não nos deixamos bitolar e mantemos os olhos bem abertos e bem focados...
É nadar contra a maré. É viver uma alternativa saudável e válida.
O grande e real presente é ser tocado pela fé.
(É ser realmente presenteado!)
E isso é outra história!...
terça-feira, 8 de junho de 2010
receita
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
(MT 11:28)
Amém!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
no comando, Deus!
Como é bom lembrar que existe Deus em toda Sua glória, com Seu amor-perfeito e magnitude. Com toda a Sua sabedoria insondável! Misericordioso e vivo, presente a todo instante em nós! Criador e criaturas...Bom demais!
Somos imperfeitos, porém justificados. Lavados e chamados a Sua presença doce e acolhedora.
Sentir que somos amados por Deus, escolhidos a caminhar com Ele, sempre olhando para o lado e para frente, com bom ânimo, esperança e amor no coração é o que faz diferença pra mim; é o que me lembra que eu estou no caminho - que ainda não cheguei! Que não há receita exata, mas que o ingrediente principal, o prato de cada dia é Deus na frente de td!
Um pouco do que diz Sua Palavra:
"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.
Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; (...)" Isaías 55:08 a 12.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Perfeito. Pessoa.
Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,
Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?
Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra
Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
Das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
1 Coríntios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
ir e vir, no porvir do viver!
“Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me mesmo seja de novo a mentira que vivo.”
Clarice Lispector.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Dosagem.
E pq, nesse caldeirão efervecente que é a mente humana, fomos processados com razão e emoção?
Na antítese dos sentimentos, seguimos na busca do almejado equilíbrio!
Eu desisto. Eu já desisti.
Prefiro aceitar a natureza humana; essa natureza insana.
Somos mesmo uma mistura do bem e do mal;
impuros simplistas e puros sedentos.
Obrigados a apenas escolher diariamente
um partido; uma luta; uma vitória.
um comportamento; uma idéia;
frases; palavras; sons.
Fadados a fracassos e sucessos,
seguimos.
Cegos sábios;
senhores de nós mesmo
e donos de coisa alguma.
A vida é efêmera!
Lembremo-nos.
Busco a paz,
o sossego,
aprender a amar.
Vivo procurando o bem.
E do que abro mão?
Fica a questão.
A vida é feita de escolhas!
Vivamos!
Intensamente!
Na antítese dos sentimentos, seguimos na busca do almejado equilíbrio!
Eu desisto. Eu já desisti.
Prefiro aceitar a natureza humana; essa natureza insana.
Somos mesmo uma mistura do bem e do mal;
impuros simplistas e puros sedentos.
Obrigados a apenas escolher diariamente
um partido; uma luta; uma vitória.
um comportamento; uma idéia;
frases; palavras; sons.
Fadados a fracassos e sucessos,
seguimos.
Cegos sábios;
senhores de nós mesmo
e donos de coisa alguma.
A vida é efêmera!
Lembremo-nos.
Busco a paz,
o sossego,
aprender a amar.
Vivo procurando o bem.
E do que abro mão?
Fica a questão.
A vida é feita de escolhas!
Vivamos!
Intensamente!
terça-feira, 27 de abril de 2010
partes do todo!
Para leitura e reflexão.
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.
Porque, que é a vossa vida?
É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
Tiago 4:14,15
Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
MT 4:1-4
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.
Porque, que é a vossa vida?
É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
Tiago 4:14,15
Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
MT 4:1-4
segunda-feira, 26 de abril de 2010
POESIA
Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.
E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
MT 3:13-17
quarta-feira, 14 de abril de 2010
encaixe.
Consciência Cósmica
Já não preciso de rir.
Os dedos longos do medo
largaram minha fronte.
E as vagas do sofrimento me arrastaram
para o centro do remoinho da grande força,
que agora flui, feroz, dentro e fora de mim...
Já não tenho medo de escalar os cimos
onde o ar limpo e fino pesa para fora,
e nem deixar escorrer a força dos meus músculos,
e deitar-me na lama, o pensamento opiado...
Deixo que o inevitável dance, ao meu redor,
a dança das espadas de todos os momentos.
e deveria rir, se me retasse o riso,
das tormentas que poupam as furnas da minha alma,
dos desastres que erraram o alvo do meu corpo...
João Guimarães Rosa.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Mania de poder!
E seguimos "fazendo a nossa parte".
Cada um com o que lhe cabe e alguns até com o que cabe a outros...
Vamos seguindo nesta luta diária
na maravilhosa arte de viver - de viver bem, é claro.
Viver mal é deixar viver. É não tomar as rédeas.
É ser levado.
Por isso adoro dizer que vida é batalha!
Vida é plena quando é permeada pelo amor...
Pelo amor de permanecer na luta
Batalhamos pelo que queremos...
...por novidades ou reformas, não importa.
Lutamos para buscar o melhor, por realizações,
por nossos ideais, pela conquista seja lá do que for...
Isso tudo (e muito mais!) faz parte da nossa guia...
Somos grandes guerreiros respeitáveis; sedentos, insaciáveis.
Isso é muito do que nos guia vida a dentro...
Só tem um pequeno detalhe:
nossa fragilidade;
nosso pseudo-autocontrole.
Somos pequeninos se olharmos ao redor.
Somos pequeninos se olharmos para o alto!
Passamos a vida focados no cotidiano...
E esquecemos que por mais que nos achemos dignos de tudo o que temos,
existe Alguém que comanda a coisa toda...
(e creio que feliz de quem acredita nesta Existência!)
Porque uma certeza nós todos adquirimos a uma certa altura da vida:
Não temos o controle de tudo!
Um dia vem o fogo e queima; no outro vem a chuva e carrega...
Um dia estamos aqui; no outro não...
De certo somos pouco cautelosos com a Natureza!
Mas nem toda ciência, nem todo cálculo avisa ou freia.
Nem sempre a tempo hábil...
O que muda esse quadro?
Ou o que minimizaria os "estragos" que os buracos e solavancos da vida nos causa?
A fé!
(Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.Hebreus 11:1
A consciência de que Deus tem caminhos que estão fora de nosso entendimento!
Fé. Seja qual for a crença, seja qual for a religião.
Que tenhamos essa certeza e que ela substitua cada dia mais a nossa ingênua prepotência.
Que tenhamos um ano de renovo em nosso relacionamento com Deus!
Cada um com o que lhe cabe e alguns até com o que cabe a outros...
Vamos seguindo nesta luta diária
na maravilhosa arte de viver - de viver bem, é claro.
Viver mal é deixar viver. É não tomar as rédeas.
É ser levado.
Por isso adoro dizer que vida é batalha!
Vida é plena quando é permeada pelo amor...
Pelo amor de permanecer na luta
Batalhamos pelo que queremos...
...por novidades ou reformas, não importa.
Lutamos para buscar o melhor, por realizações,
por nossos ideais, pela conquista seja lá do que for...
Isso tudo (e muito mais!) faz parte da nossa guia...
Somos grandes guerreiros respeitáveis; sedentos, insaciáveis.
Isso é muito do que nos guia vida a dentro...
Só tem um pequeno detalhe:
nossa fragilidade;
nosso pseudo-autocontrole.
Somos pequeninos se olharmos ao redor.
Somos pequeninos se olharmos para o alto!
Passamos a vida focados no cotidiano...
E esquecemos que por mais que nos achemos dignos de tudo o que temos,
existe Alguém que comanda a coisa toda...
(e creio que feliz de quem acredita nesta Existência!)
Porque uma certeza nós todos adquirimos a uma certa altura da vida:
Não temos o controle de tudo!
Um dia vem o fogo e queima; no outro vem a chuva e carrega...
Um dia estamos aqui; no outro não...
De certo somos pouco cautelosos com a Natureza!
Mas nem toda ciência, nem todo cálculo avisa ou freia.
Nem sempre a tempo hábil...
O que muda esse quadro?
Ou o que minimizaria os "estragos" que os buracos e solavancos da vida nos causa?
A fé!
(Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.Hebreus 11:1
A consciência de que Deus tem caminhos que estão fora de nosso entendimento!
Fé. Seja qual for a crença, seja qual for a religião.
Que tenhamos essa certeza e que ela substitua cada dia mais a nossa ingênua prepotência.
Que tenhamos um ano de renovo em nosso relacionamento com Deus!
Este texto é também uma felicitação pra o novo ano!
Desejo a todos um 2010 marcado pelo amor! Amor ao próximo, amor a natureza, amor a vida!
(Nem tudo é azul e calmo como sempre...rs....mas de certo que é a melhor ótica para se viver é enchergar o mundo - ou preencher o mundo! - com um belo tom de cor-de rosa!!!)
Que estejamos prontos para a batalha, mais 365 dias! Um dia de cada vez, buscando sabedoria e crescimento!
Que vivamos em bom ânimo e alegria, lembrando que a vida é maravilhosa luta e que o fruto desta luta deve ser sempre símbolo de gratidão a Deus por nosso simples viver.
Que Deus nos abençoe com mais e mais da presença maravilhosa Dele!
Que vivamos em bom ânimo e alegria, lembrando que a vida é maravilhosa luta e que o fruto desta luta deve ser sempre símbolo de gratidão a Deus por nosso simples viver.
Que Deus nos abençoe com mais e mais da presença maravilhosa Dele!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Prioridades
Palavrinha complicada, para a época em que vivemos; para o dia-a-dia que vivemos...Dias em que as possibilidades são tantas e tão sedutoras! Poucos são aqueles que conseguem traçar suas metas e segui-las... Mas, eles existem! Eu, muito pessoalmente, conheço poucos, mas admiro estas pessoas com uma “inveja branca” (que termo foi esse que ouvi alguém dizendo por aí?!).
Admiro a disciplina como talvez uma criança queira um doce, uma bala. E como uma meta de vida, mesmo mal traçada, mal estruturada eu me agarro a ela, querendo sedentamente alcançá-la...e ela, como distante está, vive me pregando surpresas desagradáveis; vive me mostrando o quanto eu não a consegui estabelecer...
Dilema cruel.
Por que essa necessidade tão grande de fazer o que queremos? O mais submisso dos cães, ora o outra pretende alguma ação, algum movimento; é instintivo.
E voltamos ao leque: as possibilidades...
Por que querer ir a Paris, adquirir cultura, conhecer a arte (!), fazer uma faculdade, ter uma formatura, olhar a lua sozinha (só eu e ela!). Por que querer alcançar sonhos tão pessoais, casar, querer ir à igreja, buscar uma vida espiritual, uma vida “nova”? Por que querer levar os filhos ao planetário, ao Jardim Botânico, ao escorrega e balanço, ir ao cinema e ao teatro; ir ao Cristo e daqui a uns anos o bondinho com a família. Por que beber, por que não beber???
Algo está acontecendo, daquele jeito assim, sorrateiro, feito goteira - com um efeito goteira! Aos poucos, bem devagarzinho. E eu agora quase posso tocar. Está aumentando...
Cadê o controle remoto??? Cadê a liberdade?
A liberdade mora na escolha. E se chama por responsabilidade. E a saída – ou a entrada! – para ela talvez seja a disciplina. A chave de tudo talvez possa realmente ser a organização...É. Pode ser! E a cada escolha, seu preço.
Talvez. E talvez por isto eu viva querendo essa Srta disciplina: para chegar a Sra. Liberdade!!! Não desejo uma vida de novela. Não desejo a vida do vizinho. Não quero nada que não seja meu.
Quero paz, sossego. E amor! Muito amor! Essas são minhas prioridades!
QUEM MANDOU TER ALMA POETA?!
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