sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em gole.

E no meio do furacão que nos alcança diariamente somos muitas vezes tolhidos de um sentido básico: a sensibilidade.


Como pode ser correr tanto para tudo?

Como fazer com que dê tempo de fazer tudo aquilo que temos, por obrigação, fazer?

Primazia é palavra que tem prazo de validade por cair, dia destes, em desuso.

Cabe apenas aquilo que o tempo permite – esta é a questão.

Sábio é aquele que melhor administra seu tempo...Esta é a diferença; o ponto crucial.

Aqueles que são verdadeiramente senhores do seu tempo, provavelmente caminham em paz e tranqüilidade. Acredito assim.

Louvemos o verbo, o fazer, a ação que em si mesmo acolhe o cumprimento de metas, tarefas e intenções. Pois o que realmente importa é o fim, e não o meio. A realização não comporta em estado de obrigação o capricho, o garbo, a excelência.

Faça. Isto é o bastante. Ou parece ser...

E toda a sua necessidade de primor, jogue fora. Porque simplesmente não há tempo.

Somos atropelados cotidianamente e ininterruptamente. No beijo corrido, no abraço esquecido, na palavra não dita.

E quem perceberia?

A ditadura é severa e tantas vezes sorrateira com golpes certeiros e magistrais.

Somos quase que verdadeiramente obrigados a tanta coisa e cada coisa a seu tempo – não o nosso tempo, mas simplesmente no tempo que tem que ser.

Hoje e só por hoje eu me permito a melancolia.

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